sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O alastramento mundial do islamismo

Uma de minhas grandes preocupações e qual luto sempre contra, é o avança de qualquer forma de teocracia, qualquer forma de controle sobre nossas personalidades e mentes. A crescente da religião islâmica tem sido no mínimo,  preocupante.
Costumamos chamá-los de loucos, fanáticos. O islamismo não é mais imoral que qualquer religião, como o cristianismo. O Alcorão comparado à Bíblia, tem menos chacina, genocídio, racismo. Mais tudo isto tem um problema, o Alcorão é interpretado literalmente por uma grande parte. E tem uma premissa muito perigosa. O Alcorão diz expressamente que quem segue a Jesus Cristo ou qualquer outra deus se não Alá, deve ser morto. Assim, o livro sagrado se diz a última palavra das profecias de Abraão, Moisés e Jesus Cristo. O Alcorão não  nega-os, mais se diz superior e o complemento da palavra deles todos. Em resumo, ele é o livro perfeito, não há mais questionamentos, e se você não segui-lo, tem que ser punido severamente, pois tem algo de errado com você.
A busca desenfreada pelo poder, mostra-os completamente convencidos, assim como as outras religiões, de que eles estão certos no que fazem. Quando Osama Bin Laden reuniu seus homens bombas, antes de partirem, seus últimos gestos foram ler o Alcorão, e dizendo um para o outro: Logo mais nos encontraremos no paraíso. Estavam absolutamente convencidos de que estavam fazendo o certo, seguindo o que Alá havia dito para o profeta Maomé, e intermediado por Bin Laden.
No último dia 17, o clérigo radical Man Haron Monis, manteve mais de 17 pessoas reféns em uma cafeteria na Austrália. Seguido com a morte de 3 pessoas. O motivo: a presença de militares australianos no Afeganistão.
A preocupação maior, é que todas essas pessoas obcecadas, estão invadindo e tomando conta de uma parte do mundo. Seus objetivos são claros: Todos devem conhecer a verdade de Alá. Junto a isto, vem a cobiça pelo poder. A Europa tem sido um exemplo claro. Conseguindo se livras das algemas da Igreja Católica, tem sido envenenada com a quantidade de islâmicos atacando-a.
Como conversar com uma pessoa que se vê com um mandato divino, capaz de explodir  a ela mesma levando junto inocentes?
O paulistano Rodrigo Jallou, converteu-se ao islamismo, e durante 3 anos viveu sob liderança dos principais líderes xiitas. De passagem ao Brasil, Rodrigo dá aula em mesquitas de São Paulo. Rodrigo tenta passar a mensagem do islamismo, de que apesar de parecer estranho a nós, leis como o apedrejamento são necessárias para a segurança total de todos.
- Ali nós cometemos a arte de julgá-los, já que o Brasil tem um índice alto de estupros, assassinatos, assim como em alguns países, existe a pena de morte e ninguém fala disto, argumenta Rodrigo.
Mesmo que como defendi, a premissa deles é tão 'verdadeira' e imoral como de qualquer outra religião. Suas práticas tendem a ser muito perigosas. E vem avançando pelo mundo. Podemos lutar contra? Não sem antes sermos jurados de morte, ou punições para que ‘entremos na linha’. É algo que tem desestabilizado por completo o mundo. É um avanço teocrático horrendo, desenfreado, e bem focado em suas metas.
Está mais do que na hora de aprendermos a satisfazer nossas necessidades emocionais sem adotar crenças absurdas e perigosas. Só então, podemos perder o costume de doutrinar nossos filhos com base na religião que seguimos, algo obsceno e ridículo. Para então, termos quem sabe, a chance de curar as fraturas mais profundas e mais perigosas do nosso mundo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

As fotografias que enganaram Scherlock Holmes




Em 1917, as primas Elsie Wright e Frances Griffiths, brincavam em um córrego na aldeia de Cottingle, na Inglaterra. As meninas alegavam ver fadas no local, e para provarem, decidiram fotografar as ‘criaturas’ com a máquina de fotografar do pai de Elsie. As imagens revelavam seres dançantes junto às meninas. O pai de Elsie, sabia dos dons artísticos da filha, e desconfiou que tratavam-se de figuras de cartolina recortadas. Mas sua esposa considerou as imagens autênticas, levando-as a uma reunião da Sociedade Teosófica. Estava feita uma fraude.
O verdadeiro responsável por dar fama às imagens, foi nada menos que Sir Arthur Conan Doyle, criador de Scherlock Holmes. Doyle era um fanático espiritualista. Com o nascimento do espiritismo, Doyle já havia sido enganado por outras fraudes como as irmãs Margareth e Kathy Fox. Precursoras do espiritismo, as irmãs Fox alegavam entrar em contato com os mortos, através de estalos em mesas de madeira. Fazia as perguntas, e os supostos ‘espíritos’ respondiam  com um ou dois ‘golpes’ na mesa. Após anos de fraude, e sendo as inspiradoras de Allan Kardec, em 1888 as irmãs fizeram uma demonstração no teatro de Nova York, mostrando como produziam os supostos ‘golpes’ com estalos das articulações dos dedos dos pés e joelhos. Mas no caso das imagens, depois de anos de investigação, Conan Doyle escreveu um livro chamado A Vinda das Fadas publicado em 1922 sobre a existência de fadas e gnomos,  esgotado em poucos dias. A Sociedade Teosófica fez fortuna em cima das imagens cedidas pela mãe de Elsie.
As meninas cresceram e a história não foi esquecida. Muitos sites ainda compartilham essa falcatrua, que mostrou como mesmo um homem inteligente como Doyle, foi facilmente enganado. A farsa está mais evidente na primeira foto, aonde aparece à esquerda uma cachoeira. A imagem esfumaçada da queda d’água só poderia ser captada por longo tempo de exposição, o que no caso, deixaria as quatro fadas em primeiro plano borradas. Mas elas estão muito nítidas, concluindo que não se trata de um flagrante, mais de uma produção fotográfica. As primas só confirmaram a farsa nos anos 80, já idosas. Elsie copiara as imagens de um livro infantil. Recortaram as figuras de papelão e apoiaram em alfinetes de chapéu. Elsie tinha vergonha de admitir a falsificação, por ter sido levada a serio por Conan Doyle, dizendo: como ele pode ter acreditado?
Apenas um fato importa disto tudo: o quão facilmente podemos ser enganados. Não por fadas( talvez, o que é ridículo antes continua sendo divulgado como verídico por muitos ), mais por qualquer notícia espalhafatosa, por qualquer suposto médium ou qualquer outra bobagem. Somos facilmente levados por aquilo que surpreende mais nossa mente. Basta uma fácil ilusão de ótica, para nosso cérebro já ter alguns problemas. O ceticismo presente em cada um de nos, deveria sempre estar atento nestas horas. Nas palavras de Carl Sagan: Alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias.  
 




terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A questão do milagre.



Se quisermos fazer de um argumento chamado fé, de ciência estudacional, temos que ter uma devida cautela. Dize-se que uma das lacunas,  por exemplo, é que o maior milagre, o da vida, já provaria isto, assim como o Big Bang, algo deveria existir antes disto, como nada foi provado ainda, deve existir um Deus. É o que alguns chamam de lacunas, explicações que a ciência ainda busca respostas, e por ainda não ter, coloca-se uma divindade para preencher esta lacuna.
Idéia medíocre, já que a cada passo da ciência, a religião da um passo para trás. Se perguntarmos a um físico o que havia antes do Big Bang, podemos ficar chocado se ele responder: nada. E este nada, é constantemente estudado, o argumento do ‘nada gerar nada’ já é inválido, sendo que o nada é uma constância do universo capaz do surgimento de algo, assim como hoje existe uma teoria, não comprovado ainda, de múltiplos universos. Se dissermos que tinha que haver um Deus antes da criação do universo, será mais trabalhoso, pois é necessário que se demonstre quem é este Deus, e mais trabalhoso ainda: quem criou este Deus.
O filósofo David Hume propôs algo maior: O milagre não é parte da lei natural, mais sim a suspensão da lei natural. Amborose Bierce em ‘Devi’s  Dictonary’, define que orações são um pedido que as leis da natureza sejam suspensas em favor do pedinte, que se diz não ser digno do mesmo. Não podemos falar que a explosão do universo foi uma suspensão, pois é visto explosões por todo universo. Entretanto, se víssemos alguém que foi executado no dia anterior caminhando por aí, podemos pensar duas coisas: Ou um milagre aconteceu, ou você cometeu um grave engano. Você pode até ver uma virgem dar a luz, um leproso curado instantaneamente, alguém ser ressuscitado. Mais o que é mais provável: que as leis da natureza sejam suspensas ou que você se enganou? Isto se você testemunhou o milagre. Se você está ouvindo de alguém que ouviu de outro, e de outro. Você deve perguntar-se sobre isso com mais força ainda.
E a probabilidade que as leis da natureza foram suspensas, ou que alguém aumentou a história e o rumor se espalhou? Se você faz estas perguntas de forma racional, nada é misterioso sobre a realidade. Explicaria por que todos nós morremos e ninguém volta. Por que algumas pessoas são curadas de doenças sem irem a um médico.
Indo mais longe eu poderia dizer: é possível que uma virgem tenha dado a luz no deserto, como diz a Bíblia sem nenhuma interferência de homem. Não é impossível de acontecer, mais isto não prova em nada que a paternidade é divina. Nem se eu tivesse visto andando pela rua no dia seguinte, não prova que o pai dele é um Deus, ou que sua mãe é uma virgem. Especialmente considerando que tudo isto aconteceu naquele lugar e naquela época.  Afinal a Bíblia fala que Lázaro foi ressuscitado, e ninguém mais falou nada disto nem escreveu. A filha de Jairo foi ressuscitada e não disse nada sobre como é a ‘outra’ vida nem ninguém escreveu nada. E o Evangelho de Mateus diz que na crucificação todas as tumbas se abriram e os mortos foram vistos andando na cidade e visitaram suas famílias. Eu diria satiricamente, que é como se a ressurreição fosse uma rotina banal naquela época.
O grande teólogo, o arcebispo de Canterbury, durante a peste negra perguntou-se: Parece estranho a mim, há pessoas que vão à igreja, rezam, pagam contribuições, vivem suas vidas sob os mandamentos de Deus, e mesmo assim eles parecem morrer da peste tanto quanto os pecadores. E ele foi para o tumulo sem perceber que quase chegou a uma conclusão muito boa.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Créditos a um grande amigo Adriano Medeiros, que acompanhou-me para que ele conhecesse uma casa abandonada, com ridículos mitos supersticiosos em torno dela.

Alguém que não morreu por nós



Quando converso com líderes religiosos sempre pergunto se realmente eles creem na imaculada Conceição de Maria, no relato da criação do Gêneses, na ressurreição do corpo. A resposta tente a ser que na verdade tudo isto é um pouco metafórico e que não deve ser interpretado literalmente. Se os teólogos e líderes religiosos não usassem deste argumento atualmente, não conseguiriam mais ensiná-los aos fiéis.
Neste pequeno texto, comentarei um pouco da ideia da redenção vicária: Alguém morreu por nossos pecados. Pode não ser o caso das religiões metafisicamente ‘verdadeiras’, que seus personagens e história podem ser lendários ou habitarem o liminar da mitologia. Suas explicações podem ser risíveis. Temos explicações melhores e com evidências sobre a origem do cosmos e nossa espécie, melhores do que se tivessem sido disponíveis desde o início. De fato, a religião nunca teria surgido,  ninguém teria agora teria voltado ao estágio aonde não tínhamos a filosofia ‘real’, apenas a mitologia. Quando imaginávamos habitar um planeta plano, ou que nós éramos o centro do universo geral, quando éramos medrosos da infância da nossa espécie. Não teríamos adotado o teísmo se soubéssemos o que hoje sabemos.
Desconsiderando tudo isto, ainda teríamos que dar crédito à religião, por ser fonte de ética e moral. De aonde mais poderíamos tirar isto se não da fé? Nas palavras seguintes minha posição é demonstrar o quanto isso não é verdadeiro.
Não vejo evidências para que a religião seja ética ou moral, ou que qualquer das suas explicações sobre a origem de nossa espécie, ou do cosmos, sejam verdadeiras também. A maior parte tem sido conclusivamente descartada.
Mais uma forte alegação é a de que seus pecados, o meu e de você, pode ser perdoado pela punição de outra pessoa. Esta sugere que a doutrina da redenção seja totalmente imoral. Eu posso morrer por você se eu o amo. Posso tirá-lo de uma prisão, se eu o amo. Mas não posso sumir com suas responsabilidades. Não posso lhe perdoar, não lhe posso ‘livrar’ de seus pecados.
Esta ideia surgiu nos desertos do antigo Oriente Médio, e é comumente chamada de Bode Expiatório. O princípio era que ‘jogando’ seus pecados num bode, e mandá-lo para o deserto para morrer de fome e sede, livraria assim os seus pecados ou da sua tribo. Uma doutrina positivamente imoral, que anula a ideia de responsabilidade pessoal, sobre a qual toda ética e moral devem depender.
A implicação é quando nos dizem que temos parte na morte de Jesus Cristo, apesar de acontecer muitos antes de nascermos. Não podemos ter opinado nada, nem fomos consultados não podemos fazer nada para impedir isto. Entretanto a religião nos diz que estivemos lá, ajudamos a pregar os pregos da cruz, e temos culpa disto. Confirmando assim a doutrina do Pecado Original de Adão e Eva, na qual fomos concebidos e nascemos. Pode soar uma crença insana, mais é a crença cristã.
É aqui que podemos perceber algo de muito bizarro das religiões monoteístas: Para começar ele é totalmente totalitária: não podemos opinar já que nascemos sob uma ‘ditadura celeste’. Pelo simples ato do que pensamos, podemos ser condenados. Se cometermos uma ação correta é para evitar esta punição, e se for uma ação errada,  somos condenados mesmo depois da morte. O problema da ideia da redenção é que não há redenção alguma, e sim parte do que querer que nossa crença seja verdadeira. Poluindo até a mais bonita das palavras que é o amor. Tornando-o compulsório, dizendo que você tem que amar,  amar seus ‘vizinhos’ como a si mesmo, algo que não é possível então nós sempre falharemos, sendo então, sempre culpados. Como podemos dizer que Jesus morreu pelos nossos pecados, se não verdade ele não morreu? E sim ressuscitou. Imagine uma bomba ser deixada em uma sala de aula, e alguém jogar-se sobre a bomba absorvendo o impacto, e dois dias depois está pessoa fosse vista caminhando nas ruas, isto diminuiria o valor do seu sacrifício?
E voltando ao início do texto aonde a maioria dos religiosos e teólogos modernos nos dizem,  por exemplo,  que Adão e Eva são literários, e provavelmente não existiram, esta afirmação anula por total  a doutrina do Pecado Original, e consequentemente,  a doutrina da redenção, tornando-as literárias também.