sexta-feira, 10 de abril de 2015

Os crimes de Henry Kissinger II: De Bangladesh ao Chile.

No primeiro artigo chamado Os crimes de Henry Kissinger, tratei de demonstrar ao público os crimes dos quais o ex secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger, é fortemente acusado. Alguns destes são:
- Genocídio deliberado de civis na Indochina;
- Influencia direta no genocídio e em posteriores assassinatos em Bangladesh;
- Suborno e planejamento de assassinato de um oficial graduado na nação democrática do Chile que não estava em Guerra com os Estados Unidos;
- Envolvimento pessoal para o assassinato de um chefe de Estado no Chile;
- Promoção e facilitação de genocídio no Timor Leste;
- Envolvimento pessoal em um plano para seqüestrar e assassinar um jornalista residente em Washington.

Bangladesh, um genocídio, um golpe e um assassinato:

O exército paquistanês estava atacando a capital Bengali de Dacca. Sequestrando e prendendo Rahman, o levaram para o Paquistão ocidental, ande ele começou a massacrar seus próprios apoiadores. A imprensa estrangeira havia sido expulsa da cidade, mas a maior parte do que aconteceu depois foi fornecido por transmissores de rádio operado pelos Estados Unidos. A própria transmissão relata um episódio envolvendo diretamente o Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional de Henry Kissinger.
Após ter preparado um emboscada, soldados paquistaneses incendiaram dormitórios das mulheres da universidade, e depois chacinaram com metralhadoras os outros ocupantes. As armas usadas foram produzidas em programas militares dos Estados Unidos.
O presidente Nixon detestava a Índia e expressou grande simpatia pelo Paquistão. Henry Kissinger guardava a mesma cólera pela primeira dama indiana Indira Gandhi, a quem ele se referiu como ‘aquela vadia’ em uma ocasião em que ela deixou-o esperando por 45 minutos nas portas da Casa Branca.
Em novembro de 1974, em um breve passeio pela região, Henry Kissinger fez uma parada de oito horas em Bangladesh e deu uma conferência de imprensa de três minutos. Após deixar a região, agora soubemos que após sua visita, um grupo de uma facção americana começou secretamente uma reunião com oficiais de Bangladesh para planejar um golpe de estado contra o presidente Mujid. Em 14 de agosto de 1975, Mujid e sua família foram assassinados em um golpe militar.

Chipre e Henry Kissinger:

Quando Henry Kissinger tornou-se secretário de Estado, Kissinger quase precipitou uma crise, ao mostrar-se a favor de bombardear a Coréia do Norte. Usando canais secretos e um curto círculo de criminosos de seu próprio país que era uma nação democrática, Kissinger fez-se cúmplice em um plano político que levou a morte de quase 200.000 mil refugiados, bem como a criação de uma injusta e instável ‘’amputação’’ do Chipre.
Em 10 de julho de 1976, a Comissão Européia dos Direitos Humanos aprovou um relatório preparado por dezoito juristas e presidida pelo professor JES Fawcett. Constatou-se que o exército de Henry Kissinger esteve envolvido no assassinato deliberado de civis, torturas, estupros e maus tratos. O número de desaparecidos ficou incalculável.

Ao termos entrado com um processo formal desde a década de 1990 contra Henry Kissinger, várias pessoas têm feito o mesmo processo e vários outros envolveram-se na causa. Todavia, um e-mail mandado no começo do ano para a Kissinger Associates, consultoria administrada por ele e sua corja, recebi um e-mail recente como resposta dizendo que Henry Kissinger não fala sobre calúnias e mentiras sobre sua pessoa. Isto é um fato. Ele tem se recusado a responder muitas de nossas perguntas, mas sabe que não iremos parar de perguntar, mesmo que a velhice tenha chego ao homem que provocou tantos desastres e mortes desnecessárias.
No ano de 2001, o Washington Post trouxe como notícia de capa, que Henry Kissinger havia sido processado formalmente pela própria família de um general chileno assassinado por ele durante a derrubada do governo de Salvador Allende. País que não estava em Guerra com os Estados Unidos e nem ameaçava a ninguém. O plano foi escondido de todo o Congresso Nacional e evoluiu num plano secreto para seu assassinato. Chegamos bem perto e temos isto registrado, apesar do mesmo mês e ano ter acontecido o lamentável episódio do 11 de setembro. No mesmo ano ele foi detido num hotel Frances Ritz por dois guardas que lhe barraram para que fossem respondidas algumas perguntas. O que ele fez foi o mesmo quando viu o tamanho desastre que provocou no Timor Leste, pegando um avião as pressas e nunca mais comentando sobre nada disto. Hoje ele não anda sem seus advogados e conselheiros legais.
Recentemente pela reviravolta no caso Salvador Allende, aonde armas e dinheiro ilegais foram enviados para sua deposição, ele foi chamado por juízes do Chile e Argentina, incluindo o juiz Rodolfo Corral, que fez uma grande investigação sobre os esquadrões da morte na Argentina. Foi chamado também pelo juiz chileno que tratou do caso Pinochet, e tem se recusado a dar qualquer tipo de resposta. Tudo isto tem pesado muito na sua reputação e provavelmente seu orbituário será bem diferente da imagem dele como o homem que pôs um fim a Guerra do Vietnã. No Brasil, ele deixou todo o juizado do caso João Goulart e de sua participação no golpe de 1964 sem nenhuma resposta.
Durante sua época temos outros exemplos como Robert Narnamara, os irmãos Bungy, Willian Colby. Quer responderam: O que fizemos na época era uma má política. Estamos pedindo desculpas e temos vários assuntos para trazer a tona para o público. Henry Kissinger nunca fez nenhuma autocrítica, e tem mostrado-se muito petulante, raivoso e mimado quando perguntado sobre algo.
O Homem que prega o anticomunismo, tem como exemplo o bombardeamento no Camboja, igualmente escondido de todo o Congresso.  Indochina, talvez o pior desastre da política externa norte americana. Timor Leste, um maldito pesadelo. Finalmente os indonésios abandonaram sua reivindicação do Timor e a democracia retorna. No Chipre, muito perto de uma guerra dentro da Nato, destrutiva e sem significado que levou a sociedade do Chipre a um colapso. Henry Kissinger vê o que fez, coloca-se num avião e nunca mais deixa a palavra Chipre escapar-lhe dos lábios.  A lista continua e parece interminável. Bem diferente do que se esperaria de um desapegado estadista com mãos de ferro a conduzir negócios sem sentimentos vemos um criminoso, um vândalo, um bárbaro, que só pensa a curto prazo e em sua própria vaidade e de seu patrão criminoso. Sobre ele ser anticomunista e que estas eram práticas comuns durante a Guerra Fria é mais uma de suas mentiras dos quais ele se vangloria. Indo mais além, digo que não me convêm aceitar um sermão de anticomunismo pelo melhor amigo de Mao Tse Tung. Pelo parceiro de negociações preferido de Brejnev. Do homem que fez de tudo para convencer a Geral Ford quando este era presidente que não deveria receber Alexander Solzhenitsyn no gabinete presidencial, enquanto todo o congresso queria. Fazendo isto com medo de ofender aos comunistas que eram seus amigos. Do homem que era pago pelos estadistas de Pequim até hoje para defender o massacre de seu próprio povo na praça de Tiananmen. Não admito que ele fez tudo isto por práticas comuns da Guerra Fria e por ser anticomunista. É apenas uma das constituintes da gigantesca mentira que constitui na reputação de um rufia, um criminoso, pseudo intelectual e assassino. Acusações que são totalmente verificáveis de alguém que recebeu um Prêmio Nobel da Paz sem nenhum mérito.

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