terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O desastroso plano de Deus



Muitas pessoas de fé perguntam: porque algo invés de nada? É uma boa e importante questão, mas ela é perguntada do ponto de vista de alguma coisa. É perguntado do ponto de vista da única espécie que nós conhecemos, de qualquer lugar, e que poderia perguntar. Se você olhar para a vasta expansão de ‘nada’, aonde ‘nada’ está acontecendo e provavelmente não há nenhuma vida. Então você tem que fazer a suposição de que algo existe. Mais ainda assim é uma ótima pergunta.
Mas não há nenhuma resposta produtiva. Se você considerar, por exemplo, Edward Hubble foi o primeiro a notar que Isaac Newton estava errado, e que o universo não está apenas se expandindo em todas as direções, em uma velocidade incrível. É de esperar que em termos newtonianos, que a velocidade, a taxa desta expansão diminua. Ao contrário Hubble notou que está acelerando. Está ficando mais rápido o tempo todo, e todos os experimentos subsequentes mostram isto. De fato, se não tivéssemos descoberto o Big Bang, quando descobríamos, neste momento algumas das evidências já teriam sido perdidas.
Se você consegue pensar sobre isto, como imaginou Matin Reese, sobre o futuro cósmico, dizendo como o universo não é mais estranho do que imaginávamos, ele é mais estranho do que nós poderíamos imaginar.
E como sabemos,  este montante de explosões resulta numa grande quantidade de ‘nada’ está vindo em nossa direção. Uma grande quantidade para nosso futuro. E mesmo que nós não estivermos preparados para esperar por isso, nós já podemos ver no céu noturno a galáxia de Andrômeda, em curso de colisão com a nossa. Isto é certo que vai acontecer, independente de nos destruirmos antes, ou nosso Sol explodir ou não antes disto, provavelmente não.
Agora a questão é: isto tudo faz parte de um plano? E se faz parte, de quem é este plano?
Este montante de ‘nada’ foi ‘construído’ e apontado diretamente para nós. Então qualquer um que fizer a primeira pergunta deve considerar seu corolário, e a certeza, nesta segunda. Então, se você considerar que isto tudo está acontecendo, que esse campos gigantes de gravidade e luz,  foram feitos tendo você em mente, então isso é o que eu chamaria de um grande problema de egocentrismo.
Você pode colocar isto de outra forma, veja a qual vou colocar para você: A maioria dos religiosos hoje aceitam as evidências da evolução, aceitando então, que nossa espécie está aqui a pelo menos  100.000 anos. Richard Dawkins coloca que pode chegar a 250.000 anos. Vou colocar 100.000 para este argumento que nunca encontrei alguém que pelo menos desse uma resposta contrária. E que chega a excluir a possibilidade de uma divindade que nos supervisiona. Então, por este tempo todo, no mínimo 100.000 anos, nossa espécie nascia, normalmente morrendo, na verdade, pois muitos não conseguiam superar o nascimento. Pelos 80.000 anos ou quase ou 100.000, não vivendo mais que 25 ou no máximo 30 anos no máximo. Morrendo de diversos motivos hoje solucionáveis, ou de problemas mamíferos desnecessários como nos mostra nossa ‘herança’ de nossos ancestrais. O apêndice, por exemplo, que não precisamos mais.  Seguido disto havia terríveis doenças, sofrimento, desgraças, desnutrição e medo. Perguntas como: Por que existe um eclipse? Por que temos terremotos, possivelmente eram freqüentes. E o horrível culto de sacrifícios de crianças para tentar prevenir o que eram na verdade, eventos naturais.
Tudo isto acontecendo em uma escala gradualmente crescente, até o ponto que se pode fazer cerveja( um grande avanço na minha opinião), domesticar animais, separar as melhores sementes. Progressos milimétricos mais terríveis esforços, sacrifício, dor desgraça e acima de tudo, medo e ignorância. E caso você acredite em um deus, tem de que acreditar que nestes primeiros 98.000 anos o céu observa com completa indiferença. Para que então, a 2.000 anos os céus decidirem: Agora basta, temos que fazer algo. E a ‘revelação’ tem que ser pessoal. Então vamos escolher a região mais bárbara, analfabeta, supersticiosa e mais rochosa do mundo, no Oriente Médio. Não vamos aparecer aos chineses que já sabem ler, nem ao vale dos hindus. Vamos para a população de escravistas brutais e supersticiosos. E todas as revelações vão acontecer no mesmo distrito. Isso é algo racional para quem quer que seja acreditar e querer impor como verdadeiro para os outros? E mesmo mostrando um pouco de sarcasmo, representei mal a situação?
Diria que é quase impossível provar que este não foi o modo que nós viemos a entender a moralidade. Mas também diria, sob a luz das evidências apontadas, é no mínimo muito improvável que esta foi a forma que descobrirmos para o jeito de pensar, a forma de decidir como vivemos uns com os outros, e quais são nossos deveres uns com os outros.
Se este foi o plano divino, ele foi feito por alguém que nos ama? Se caso fosse, por que 99% das espécies ‘criadas’ já foram extintas? Não parece um plano ou projeto de alguém que pode positivamente, provar que não aconteceu. Mais nos leva ao problema original. O ‘planejador’ de tudo isto,só  pode ter sido muito impulsivo, que fica ‘brincando’ com sua criação, desastrado, experimentador e fantasticamente desperdiçador. Ou então cruel  e insensível, ou apenas indiferente.
Sendo assim não parece correto dizer que ele escreve certos por ‘linhas tortas’ ou que ele tem propósitos que são obscuros a nós. Pois mesmo este tipo de evasão tem que ser estabelecido sob o pressuposto que a pessoa que me diz isto, sabe mais do que eu do sobrenatural. E ainda não encontrei ninguém, no meio religioso ou não, que tem uma ‘linha’ direta com o ‘criador’, do tipo que seria necessário até para especularmos sobre isto. Em outras palavras, nunca encontrei ninguém que saiba mais do que nós sobre isto tudo.

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