terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Concurso iraniano de charges do holocausto: judaísmo x islamismo

Em protesto as charges do profeta Maomé pelo jornal francês Charlie Hebdo, duas organizações iranianas lançaram a segunda edição do concurso que dará prêmios para caricaturas do Holocausto. Na edição de 2006 um brasileiro foi o segundo colocado. Carlos Latuff é famoso por sua militância em favor dos palestinos. A iniciativa para o concurso teve aprovação do presidente iraniano Muhmoud Ahmadinejad, e foi condenada por organizações judaicas.
Estamos diante de algo que pode ser chamado direito de livre expressão. As sátiras parecem claramente ter pelo menos dois objetivos: chamar a atenção mundial como um direito de livre expressão, ao mesmo tempo que debocha de um crime que foi cometido não só contra o judaísmo mais contra a humanidade. É claramente um revide de um baixo nível claro.
Minhas críticas se dão claramente tanto a outras religiões como para o judaísmo. Temos em torno de 15 milhões de judeus no mundo para mais de 1 bilhão de muçulmanos. Enquanto falamos das atrocidades cometidas em nome de um livro ou uma doutrina sagrada, o judaísmo está em um número bem pequeno para com atrocidades. Eles próprios reconhecem que os seus livros sagrados, os primeiros 5 livros da Bíblia, chamados de Pentateuco,  são mais sangrentos que o Alcorão, e não os levam tão a sério em vários aspectos. O judaísmo sofreu e sofre no mundo um dos mais altos níveis de racismo. São tachados de ricos injustamente, estranhos com hábitos estranhos, culpados pela morte de Jesus Cristo. Os mesmos argumentos que levaram desde a Idade média a espalhar junto a Igreja Católica o ódio antissemita, que aliado a fatores econômicos resultou entre outros crimes, no holocausto. O argumento mais forte era que os judeus teriam matado Jesus Cristo, por isso mereciam tamanho ódio( Como se os romanos não ). Mesmo os judeus de hoje sofrem a mesma perseguição, como se estivessem pregando os próprios pregos da crucificação neste momento. Só na Igreja Católica o ódio antissemita foi prática aceita e proclamada nos púlpitos até 1964.
Do lado do islã, a carta régia do Hamas é completamente genocida, aonde diz que os judeus clamaram por terem seu sangue derramado. E a punição para os que são encontrados é a morte. A alegação de que o holocausto não existiu, é só uma delas, a alegação de que se possível farão um novo holocausto é mais forte. Esta alegação é mais nojenta do que negar o holocausto, dizendo que se tiverem a oportunidade ele ocorrerá de ‘verdade’. Ao mesmo tempo nós sabemos que este holocausto não é somente contra os judeus, mais contra cada um que não aceitar o Islã. Hoje isto está cada vez mais claro e não preciso mais escrever aqui o que escrevi em outros textos como O alastramento mundial do Islamismo e O mito da minoria radical islâmica.

O mais interessante ao ver acontecimentos como este é ver os resultados dele. Será que teremos atentados contra o islã por isto? Será que judeus irão decapitar os que fizeram isto? Óbvio que não, e é nisto que quero chegar. Que já esta tarde para dizermos coisas como: Isto é a cultura islâmica, é questão de ponto de vista, ou então o mais falso dos argumentos que até hoje não recebi uma crítica válida: Eles estão se vingando de nós, eles estavam quietos, a culpa claro é de nações como os Estados Unidos. E Enquanto na verdade, nós sabemos bem quem é que esta com o propósito da matança e genocídio. Sobre a questão de ser apenas ponto de vistas culturais, será que alguma cultura não sabe que matar pessoas é no mínimo, desumano? David Hume ironizava isto quando disse: É como se quando Moíses desceu do monte Tabor com as tábuas da lei e as pessoas viram que um dos mandamentos era não matar e pensaram consigo: Olha matar é ruim, vamos parar. Tenho todas as fichas para apostar que não aconteceu assim, pois cada ser humano sabe perfeitamente disto sem ter que consultar nenhum livro ou religião, pois a verdade é que temos isto em nossos corações. A livre expressão é um direito nosso, as conseqüências são inevitáveis diante do terrorismo como o do Islã. Façam uma caricatura de qualquer religião e verão pelo que passarão, talvez o máximo seja alguma retratação, embora rara. Agora façam do Islã e você não tem chance. Os jornalistas da Charlie Hebdo sabiam disto tanto que se negaram a parar. Já está na hora de vermos que as coisas estão um pouco invertidas quando queremos justificar os atos de fanáticos, genocidas e Calígulas que querem espalhar o culto a morte nos quatro cantos mundiais.  

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