quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Os crimes de Henry Kissinger


Como bem disse Olavo de Carvalho, no Brasil temos o costume do modismo que surgi em um dia e some ao Sol nascer do outro. Algo que pode ser importante para entendermos diversas situações costuma ser irrelevante aos nossos olhos. Pelo nome do blog e as matérias constantes falo mais de temas religiosos. Hoje abro mão para outro tema: a política de uma figura talvez desconhecida por nossa geração mais que teve papel importante na humanidade, Henry Kissinger.
Henry Kissinger foi secretário de estado dos Estados unidos nos governos de Nixon e Gerald Ford. Empresário bem sucedido, escritor e palestrante pelo mundo inteiro incluindo o Brasil. Kissinger ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seu papel no suposto cessar-fogo na Guerra do Vietnã.
Sua figura de salvador da pátria começou a cair a partir de uma série de acusações fortes. Em maio de 2001 enquanto ele passava pela França, foi abordado pela polícia francesa para dar satisfações sobre a morte de cinco franceses durante a ditadura de Augusto Pinochet no Chile. A resposta dele foi sair do país imediatamente.
O cinismo do velho Henry Kissinger veio de muito longe quando começou a ser o braço direito e leal do presidente Nixon na década de 1960.
No dia 02 de dezembro de 1998, Michael Korda estava sendo entrevistado no seu escritório em Simon E Schuster, como um grande magnata ele havia escrito sobre pessoas como John Crawford e Joe Bonno quando recebeu um telefonema dizendo: fale com o Dr. Kissinger o mais rápido possível. Korda parou a gravação mais a câmera continuou gravando. A cena foi que ele pedia o telefone de Kissinger Associates e a risada geral foi filmada no escritório quando ele ironiza secamente: 1.800 Camboja! 1.800 BOMB-Camboja. Depois de uma pausa já que Kissinger sempre costumava deixar seu telefone na espera enquanto dava entrevistas para empresas e para quem ele mais gostava: a mídia, Kissinger atendeu o telefone, do outro lado: Henry oi, como você está? Você esta recebendo toda a publicidade que queria ter do New York Times, mais não do tipo que você quiser. Eles vão liberar os papéis...Henry isto é totalmente ultrajante. Querem publicar sobre você no Chile!...
Por meio desta câmera escondida se pode ver um pouco da face do verdadeiro Henry Kissinger. Sentado em seu escritório em Kissinger Associates com seus tentáculos de consultoria empresaria voltado e de alongamento de Belgrado para Pequim, ele ainda estremece quando ouve sobre a prisão de um ditador chamado Augusto Pinochet. O que o New York publicara naquela manhã era um texto correspondente de segurança nacional em Washington.
Kissinger atuou como conselheiro de segurança e secretário de Estado numa nação democrática que era o Chile para apoiar o golpe de estado no início de 1970. O registro deste golpe são detidos pela CIA,  mas uma parcela deles foi publicada para fins investigatórios. Os vários documentos hoje mostram a ação direta de Kissinger para o assassinato do general chileno René Schneider e sem nenhuma autorização do presidente Nixon. O grupo fascista que queria o poder no Chile recebeu dinheiro direto de Henry Kissinger. Ninguém no Congresso americano estava sabendo disto muito menos autorizado o assassinato de Scneider. O ataque de bombas sobre o Camboja também não tinha nenhuma autorização congressista.
Já durante a Guerra do Vietnã que resultou o Prêmio Nobel para Kissinger provou a condição de um acadêmico medíocre, oportunista e que pensava sempre em si próprio. Kissinger armou vários de seus soldados com o objetivo de espalhar seu esquadrão da morte. Depois através de mentiras oficiais e supostas indignações Kissinger apareceu como um salvador. Quando perguntado sobre várias perguntas sem respostas, Kissinger apenas disse: Estava fazendo meu trabalho em acabar com o comunismo.
Perto do fim do seu mandato, Kissinger e seu novo Chefe Gerald Ford bloquearam os esforços globais para parar a chacina de sangue no Timor Leste. Kissinger nesta ocasião resmungou: É um ato de insanidade e humilhação nacional um presidente ter que pedir autorização para ordenar um assassinato. No Uruguai e no Camboja ouve o mesmo ato de derramamento de sangue para que ditaduras fossem colocadas no poder.
O nervosismo dele ficou claro quando as acusações começaram, e Kissinger procurava se esquivar ao máximo de perguntas e lugares que o constrangiam. Quando estas acusações ainda eram especulações, Kissinger nunca processou livros como O julgamento de Henry Kissinger, por saber que teria que dar provas contrárias contra as acusações. Após as acusações terem sido formalmente provadas, a omissão de Kissinger foi predominante.
De 1972 a 1975, Kissinger obedecendo desta vez seu patrão, pagou e armou as forças do futuro Calígula iraquiano Saddam Hussem.
Como se não bastasse sua carnificina ser levada ao longe, o Ministério Público Federal por meio da procuradora Suzete Bragagnolo pediu que ele fosse ouvido sobre a morte do presidente João Goulart. Ao analisar o material coletado para a investigação, a promotora pediu que Kissinger fosse ouvido já que ele era chefe de Estado na mesma época. Na qual entre outros nomes, o seu aparece como uma ajuda de estrangeiros para uma suposta conspiração para eliminar o presidente e impor a ditadura militar no Brasil. Desde a acusação feita no início de 2013, Kissinger nega a dar qualquer satisfação o que é típico dele.
A maioria das políticas de Henry Kissinger terminaram em calamidades, farsa, fiasco, desastre. De longe suas práticas foram de um estadista mais sim de um bárbaro que conduzia tudo com mãos de ferro e negócios sujos sem nenhum sentimento. Kissinger hoje é proibido de pisar em mais de 5 países. Se julgado ele certamente seria condenado assim como a maioria de seus colegas que hoje já morreram ou que estão cumprindo pena numa penitenciária. Sem vergonha nenhuma eu digo que este criminoso hoje com 91 anos, será uma vergonha para o mundo se morrer em sua casa, e não numa cadeia. Entre os crimes apontados e as provas analisadas. Uma comissão investigadora com mais de 100 membros, dentre os quais o escritor Daniel Ellsberg pedi o julgamento de Henry Kissinger por crimes de guerra e contra a humanidade, entre eles:
- Genocídio deliberado de civis na Indochina;
- Influencia direta no genocídio e em posteriores assassinatos em Bangladesh;
- Suborno e planejamento de assassinato de um oficial graduado na nação democrática do Chile que não estava em Guerra com os Estados Unidos;
- Envolvimento pessoal para o assassinato de um chefe de Estado no Chile;
- Promoção e facilitação de genocídio no Timor Leste;
- Envolvimento pessoal em um plano para seqüestrar e assassinar um jornalista residente em Washington.


                         Dois dos documentos tidos como secretos e confidenciais que apontam Henry Kissinger no envolvimento pessoal no massacre de civis na Indochina e Timor Leste

Como bem dizia Mark Twain: Dê a um homem a fama que ele cedo madruga, e no dia seguinte ele estará acordando ao meio dia. Mesmo que o apelo feito por pessoas como eu sejam em vão, é uma lição para nós o que o legado de Henry Kissinger deixou em meio a todo seu barbarismo. Hoje o mundo conhece melhor como por meio de mentiras alguém consegue um Prêmio Nobel. 
                                     Por protestos como este, Henry Kissinger sempre analisa minuciosamente os lugares que irá visitar ou ministrar palestras. Por medo de ser interrogado sobre várias perguntas ele já desmarcou mais de 20 vezes sua presença quando sabe que haverá um grupo de protesto.


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