O Triângulo
das Bermudas é uma área imaginária perto do caribe, demarcada por três pontas:
o sul da Flórida, Porto Rico e as ilhas Bermudas. A região ganhou fama no final
da Segunda Grande Guerra, em 1945, quando cinco aviões da força aérea americana
sumiram no local. Em 1964, o escritor Vincent Gaddis listou dezenas de
desaparecimentos no local, sugerindo que algo de sobrenatural acontecia na
área. Assim nascia mais uma lenda.
Alguns dos
principais ‘sumiços’, foi o navio USS Cyclops, desaparecido em 1918. Foi a
maior tragédia americana fora de combate, aonde 306 tripulantes desapareceram
junto com um cargueiro de 20 toneladas. O navio que vinha do Rio de Janeiro,
desapareceu após deixar a ilha de Barbados. Na época, ainda nenhuma
espalhafatosa teoria sobre o Triangulo havia sido criado.
Outro sumiço
foi do avião Star Ariel, primeiro caso a instigar a opinião publica sobre o
local. Os 14 membros decolaram da Florida e nunca mais foram vistos. Em uma das
transmissões, o comandante teria dito que bússolas não funcionavam.
Com os desaparecimentos,
as teorias mais débeis têm surgido sobre o local. Seu principal alvo de livros, e criador de
várias teorias. Bruce Genon, chega a falar sobre túneis do tempo localizados em
misteriosas nuvens no local. Ao sair dela, Bruce diz que percorreu um caminho
de 75 minutos em 47 minutos, para ele, as estranhas nuvens possuem falhas no
espaço-tempo.
Em 1968, foi
descoberta uma formação rochosa abaixo d’água, que lembrava uma estrada. Não
faltou a opinião dos ‘místicos’ como os Rosa-Cruz, de que a região seria a
lendária e perdida Atlântida, surgindo assim a idéia de que cristais
misteriosos na formação rochosa, deixaria embarcações e aviões desatordoados e
sumirem. Junto a isso, não poderia faltar os defensores de que a área seria um
portal para naves extraterrestres.
Entretanto,
explicações menos mirabolantes, e outras
fortes evidências, tem trazido explicações para o mistério do local.
Para
começarmos, o local tem um tempo muito instável. As águas quentes são
propiciais fáceis para a criação de tempestades, levando inclusive a formação
de grandes ondas como a que teria afundado o SS Memphis, em 1916, matando 40
marinheiros. Os relatos de furacões no local, também existem desde 1502.
David Kusche,
estudioso do local, conta que não há nada de mistério, a grande parte teria
sido causada por ataques piratas. O roube de cargas é uma atividade
subestimada, só em 2006 foram registrados 239 ataques piratas no mundo.
Uma das
explicações para a falta de vestígios de navios e aviões do local, é que a
região possui dezenas de abismos oceânicos, como a fossa de Porto Rico, que
possui 8.648 metros de profundidade. Os destroços seriam facilmente atraídos
para as foças, com ajuda da poderosa corrente do Golfo, uma das mais fortes do
mundo.
Em 2011, uma
equipe de 16 físicos e especialistas, comprovou mais um detalhe do local. O
solo da região é rico em reservas de gás metano. Liberada do solo, bolhas de
metano podem envolver um navio em segundos, reduzindo sua flutuação e fazendo-o
afundar. A geóloga Bill Dillon, mostra o exemplo de várias plataformas marinhas
de perfuração que acabaram em pouco tempo por conta do fenômeno.
Mais o maior
mistério mesmo está no imaginativo popular da fama da região. A maior seguradora
de navios, a Lloyd’s, demonstrou um relatório de navios desaparecidos no mundo
entre 1955 e 1975, auge da fama do local. Foi um total de 428 navios, sendo que
os sumiços no Triângulo estavam na média mundial. Isso mostra que os incidentes
na região só receberam um prestígio maior pela atenção da mídia.
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