domingo, 21 de dezembro de 2014

Os mistérios do Triângulo das Bermudas




O Triângulo das Bermudas é uma área imaginária perto do caribe, demarcada por três pontas: o sul da Flórida, Porto Rico e as ilhas Bermudas. A região ganhou fama no final da Segunda Grande Guerra, em 1945, quando cinco aviões da força aérea americana sumiram no local. Em 1964, o escritor Vincent Gaddis listou dezenas de desaparecimentos no local, sugerindo que algo de sobrenatural acontecia na área. Assim nascia mais uma lenda.
Alguns dos principais ‘sumiços’, foi o navio USS Cyclops, desaparecido em 1918. Foi a maior tragédia americana fora de combate, aonde 306 tripulantes desapareceram junto com um cargueiro de 20 toneladas. O navio que vinha do Rio de Janeiro, desapareceu após deixar a ilha de Barbados. Na época, ainda nenhuma espalhafatosa teoria sobre o Triangulo havia sido criado.
Outro sumiço foi do avião Star Ariel, primeiro caso a instigar a opinião publica sobre o local. Os 14 membros decolaram da Florida e nunca mais foram vistos. Em uma das transmissões, o comandante teria dito que bússolas não funcionavam.
Com os desaparecimentos, as teorias mais débeis têm surgido sobre o local.  Seu principal alvo de livros, e criador de várias teorias. Bruce Genon, chega a falar sobre túneis do tempo localizados em misteriosas nuvens no local. Ao sair dela, Bruce diz que percorreu um caminho de 75 minutos em 47 minutos, para ele, as estranhas nuvens possuem falhas no espaço-tempo.
Em 1968, foi descoberta uma formação rochosa abaixo d’água, que lembrava uma estrada. Não faltou a opinião dos ‘místicos’ como os Rosa-Cruz, de que a região seria a lendária e perdida Atlântida, surgindo assim a idéia de que cristais misteriosos na formação rochosa, deixaria embarcações e aviões desatordoados e sumirem. Junto a isso, não poderia faltar os defensores de que a área seria um portal para naves extraterrestres.
Entretanto, explicações menos mirabolantes,  e outras fortes evidências, tem trazido explicações  para o mistério do local.
Para começarmos, o local tem um tempo muito instável. As águas quentes são propiciais fáceis para a criação de tempestades, levando inclusive a formação de grandes ondas como a que teria afundado o SS Memphis, em 1916, matando 40 marinheiros. Os relatos de furacões no local, também existem desde 1502.
David Kusche, estudioso do local, conta que não há nada de mistério, a grande parte teria sido causada por ataques piratas. O roube de cargas é uma atividade subestimada, só em 2006 foram registrados 239 ataques piratas no mundo.
Uma das explicações para a falta de vestígios de navios e aviões do local, é que a região possui dezenas de abismos oceânicos, como a fossa de Porto Rico, que possui 8.648 metros de profundidade. Os destroços seriam facilmente atraídos para as foças, com ajuda da poderosa corrente do Golfo, uma das mais fortes do mundo.
Em 2011, uma equipe de 16 físicos e especialistas, comprovou mais um detalhe do local. O solo da região é rico em reservas de gás metano. Liberada do solo, bolhas de metano podem envolver um navio em segundos, reduzindo sua flutuação e fazendo-o afundar. A geóloga Bill Dillon, mostra o exemplo de várias plataformas marinhas de perfuração que acabaram em pouco tempo por conta do fenômeno.
Mais o maior mistério mesmo está no imaginativo popular da fama da região. A maior seguradora de navios, a Lloyd’s, demonstrou um relatório de navios desaparecidos no mundo entre 1955 e 1975, auge da fama do local. Foi um total de 428 navios, sendo que os sumiços no Triângulo estavam na média mundial. Isso mostra que os incidentes na região só receberam um prestígio maior pela atenção da mídia.

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