sábado, 20 de dezembro de 2014

A mansão Amityville: assombrações ou encenações?



Desde o lançamento do livro e filme sobre um dos casos mais famosos a cerca de fantasmas, a mansão de Amityville tem sido alvo de curiosas descrições. Atormentadora para muitos, curiosa para outros. A mansão está entre os dez lugares mais assustadores do mundo.
A história começou no dia 13 de novembro de 1974, com a terrível chacina de seis pessoas na casa por Ronald deFeo Jr. Mais a casa ganhou mais fama após alguns anos ser alugada pelo casal George e Kathy Lutz. Nos 28 dias que habitaram a mansão, o casal teria sido alvo de diversos fenômenos estranhos, que ganharam mais força após o lançamento do livro e filme sobre os acontecimentos no local.
Segundo o casal, vários fenômenos horrendos foram presenciados, incluindo a levitação de uma das pessoas da casa e até um enxame de moscas misterioso por ocorrer em pleno inverno.  Outra versão acrescenta que tudo começou após a presença de um padre.
George conta que numa noite, viu sua esposa, Kathy levitar sobre a cama. Também reclamavam de uma sensação de frio e odores estranhos, em alguns cômodos da casa. Mais o fenômeno mais nojento, segundo a família, seria uma espécie de gosma esverdeada, que aparecia do nada e escorria nas paredes. Kathy alegava ver o fantasma de uma senhora de 90 anos, através de um dos espelhos da casa, seguida de ver seu rosto em frente ao espelho, salivando e sem dentes.  Já a filha de 5 anos, Missy, dizia ter arrumado um amigo imaginário: um porco de olhos avermelhados diabólicos. Numa noite, George conta que teria visto a estranha figura fitando-o pela janela, e no outro dia, encontrar as pegadas do animal na neve.
Assim que a história alcançou seu ápice na mídia sensacionalista, os maiores investigadores do ‘paranormal’ dos Estados Unidos, o casal Ed e Lorraine Warren ( os mesmo da boneca Anabelle), entraram na história por ter sido os únicos a adentrarem a casa. Lorraine que alegava ‘mediunidade’, contou ter ouvido vozes e quase terem morrido na casa, fotografando inclusive um fantasma.
No entando, se você esperava por uma história de paranormalidade de minha parte, lamento ter que decepcionar você. Ed e Lorraine Warren ganharam muita fama e dinheiro após isso. Fanatizados e obcecados pelo sobrenatural, o casal tem um exclusivo museu, com peças macabras e a sua ‘jóia mais preciosa’, uma boneca de pano que seria o terror para qualquer um, provocando a morte de quem a tocasse, estranho o fato de ninguém perguntar-se: Em quem colocou a boneca lacrada numa estante em que ela encontra-se, não morreu?
Mas, voltando para o caso Amityville, a escritora Ric Osuna, entrevistou os ex-moradores da mansão, e ninguém após os Lutzs teria visto qualquer fenômeno estranho na casa. Tudo não teria passado de uma encenação, que teve mais força após uma mídia sensacionalista e um fanático casal terem retratado a casa. Tudo teria começado quando Willian Eber, advogado de Ronald deFeo Jr, o assassino da própria família, pensou numa saída para seu cliente, alegando que ele estava ‘possuído’ quando cometeu o crime, bem como ter ouvido ‘vozes’, para alegar insanidade mental. Declarando inclusive, que a criação para o jogo, surgiu após uma bela noite embebida em vinho.
Para começar, o tempo que o casal alegou ter ficado na casa, 28 dias, é contraditório, enquanto os vizinhos terem dito que passaram-se 10 dias. O sacerdote que estaria na casa, padre Ralph Peporato, alegou nunca ter estado na casa, junto a uma carta de sua diocese, alegando as contradições do casal.
Mais o jogo não teria sido tão positivo, se não tivesse tido a visita do casal mais famoso por 50 anos, como os ‘paranormais’ dos Estados Unidos. Quando o casal testemunhou estranhos fenômenos na casa, o parapsicólogo Steve Kaplan, fez uma denúncia, George Warrer teria ligado para ele contando o caso. Kaplan aceitou investigar, desde que pudesse contar ao público sobre alguma fraude encontrada. George então se recusou a aceita-lo na casa, mais não recusou o convite para a entrada na fama americana.
Já sobre os fenômenos estranhos descritos pelo casal, tem uma explicação menos bizarra: O cheiro forte em algum cômodo poderia ser causado por algum animal morto, bem como qualquer substância mal cheirosa. O caso das moscas terem invadido o local, poderia ser pela atração do cheiro do sangue das vítimas anteriormente assassinadas, que teria escorrido pela fresta do piso. A gosma verde vista pelo casal, poderia facilmente ser trucada através de um dispositivo na parede, mais caso o casal não estivesse mentindo, o que eles teriam visto seria o gel usado pela polícia anteriormente, usado para detectar impressões digitais. O diabólico ser seria então mais simples ainda, segundo o vizinho da casa Rufus Ireland, um gato persa gordo, que passeava pela vizinhança. Isso sem contar os registros meteorológicos, que mostrou não ter nevado no dia em que George Lutz alegou ter encontrado pegadas na neve. Já com relação as imagens estranhas vista num espelho, basta lembrar o caso da famosa ‘médium’ Eusápia Palladino, que teve seu auge na ‘mediunidade’ após provocar suas transfigurações no começo do século 20, mais que foi desmascarada pelo célebre ilusionista Harry Price. Eusápia usava além de maquiagens escondidas, materiais como seda branca e musselina para a trucagem.  No caso da levitação de Kathy, George, como na maioria dos fenômenos ‘paranormais’, foi o único a testemunhar. Mas mesmo que a cena pudesse ter sido testemunhada, qualquer um que não conhecesse um pouco de ilusionismo, poderia ser enganado como no caso dos mágicos, que levitam pessoas, através de entre outros truques, uma mesa em forma de ‘S’ com cordas de náilon. Enquanto a fotografia de um fantasma na casa, o cético James Randi, mostrou como a foto possivelmente é verdadeira, de fato existiu uma menina no corredor, mais se tratava da filha do casal, Missy, quando juntadas as fotos,o suposto ‘fantasma’ corresponde a exata altura, cabelos, e a mesma roupa da menina.
Para os outros supostos casos da casa, não sobram aquele que ouviu de alguém, que ouviu de outro, e assim por diante. Bem como nossa imaginação preciosa, e fé em uma mídia que ansiava pelo sobrenatural na década de 70.

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