Facilmente, a
moralidade tem sido ligada quase que exclusivamente à religião. Muitas vezes
mesmo as pessoas de fé dizem que suas religiões são um pouco metafóricas, mas
são responsáveis e tem crédito por manter a moralidade. Com o que sabemos hoje
dificilmente adotaríamos alguma religião. Visto que as explicações vindas dela
ainda mostram-se infantis e sem nexos. Oriunda de uma época em que pouco sabíamos
sobre nós, nosso planeta, o universo. Entretanto a religião ainda pode ter um
crédito como fonte da moral e ética? Penso que nenhum pouco, e é o que tentarei
demonstrar.
O mais imoral
ponto que podemos pegar como exemplo, é o perdão de nossos pecados. Segundo a
religião, é moral sermos perdoados pela punição de outra pessoa. Ela sugere que
por amor a alguém, eu poderia ir preso em seu lugar. Poderia também morrer em
seu lugar se te amasse ou se quisesse. Entretanto não posso sumir com suas
responsabilidades. Não posso livrá-lo dos seus ‘’pecados’’. Vulgarmente esta
crença surgiu no deserto oriental e era chamada de bode expiatório.
Determinadas tribos ‘’jogavam’’ seus pecados em um bode e mandavam-no para o
deserto para morrer de fome e sede. Pensando assim que estavam livres de seus
pecados. Uma doutrina totalmente imoral que anula a idéia de responsabilidade
pessoal. Sobre a qual toda ética e moral se apoiam.
Outro problema
é que esta ideia de um sacrifício humano, de Jesus Cristo, anular nossos
pecados, é que é nos dito que temos parte neste sacrifício, que somos culpados,
mesmo tendo acontecido muito antes de nascermos e podermos opinar sobre isto.
Isto acompanha também o Pecado Original, a qual eu e você nascemos sem sermos
consultados de nada, mas a religião nos diz que temos parte nisto, nascemos defeituosos
como o pontífice Francisco falou na última cerimônia de Páscoa: Todos nasceram no pecado, e podem ser
redimidos pelo sacrifício de Jesus Cristo. Está crença insana e imoral é o
alicerce de toda crença cristã e de mais religiões monoteístas.
Outro
princípio totalmente imoral é que esta é uma crença totalitária. Ela implica
que nascemos sobre uma ditadura celestial em que nada podemos opinar, nada
fomos consultados. E sobre esta ditadura podemos ser condenados por crimes de
pensamento. A qual nos vigia constantemente, e se cometermos alguma ação correta
é somente para escapar de alguma punição dos céus, e se cometermos algo errado
seremos condenados não só em vida, mas após a morte. Não é esta crença somente
totalmente imoral e antiética, mas também totalmente totalitária.
Esta crença
nos diz que não poderíamos saber o certo e o errado, o bom e o mal, sem termos
recebido-os dos céus. Anulando toda nossa integridade e personalidade. Esta
crença diz também que você deve amar compulsoriamente uma divindade e ao mesmo
tempo devemos temer. Todos nós temos um senso de justiça e de distinguir o
certo do errado, sem nenhuma permissão ou ordem divina. Da mesma forma de que
quando faço um desafio a algum religioso, nunca recebi nenhuma resposta: Citem
algo ético ou moral que um religioso faça e que eu como ateu não possa
fazer?
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