Por mais que o
tempo resolva várias questões e a história nos vem à tona, mais boatos são
espalhados. Por parte dos historiadores não há muito mais o que se debater,
mais por parte de muitos sim. Hitler e Stalin eram ateus, e isto justificou e
motivou suas atrocidades. Isto é facilmente encontrado pela internet e em debates.
O que interessa ainda mais não é se Hitler e Stalin eram ateus, mais se o
ateísmo os levou as suas práticas ou se o ateísmo leva as pessoas a cometerem
os mais diversos crimes.
Sobre Stalin
parece não haver dúvidas de que era ateu. Estudante de um colégio ortodoxo sua
mãe sempre guardou rancor de seu filho não ter se tornado padre. Stalin foi
bastante rude com a Igreja Ortodoxa russa e com o cristianismo em geral, mais
não há evidência que o ateísmo o levou as suas brutalidades. Já sobre Hitler a
lenda dele ser ateu é bem difundida. Nascido em uma família católica, Hitler
mesmo depois de ter saído do seminário de Tiflis nunca negou o catolicismo. Se
não fosse católico em alguma espécie de transcendência divina ele acreditava.
No livro Mein Kampf ele conta que quando soube da Primeira Grande Guerra ele
caíra de joelhos e agradecera a Deus pela oportunidade de viver nesta época.
Em 1920,
Hitler tinha então 31 anos, seu assessor era Rudolf Hess, futuro vice-Füher. Em
uma carta ao primeiro ministro da Baviera Hess escreveu: Conheço Hitler muito bem, e sou muito próximo seu. Ele tem um caráter
de honradez, cheio de bondade, e é religioso, um bom católico.
Em 1933, num
discurso em Berlim Hitler disse: Estávamos
convencidos de que o povo precisava e requer desta fé. Assumimos por tanto a
luta contra o movimento ateísta, e não apenas com umas poucas declarações
teóricas: nós os exterminaremos. Já em 1941 ele disse a seu assistente o
general Gerhard Engel: Nós permaneceremos
católicos.
Mesmo que ele
não fosse um cristão de fé sincera, Hitler então deveria ser muito diferente
para ter sido influenciado pelo ódio antissemita de chamar os judeus de Assassinos de Cristo.
Tradição está que veio da Igreja Católica desde pelo menos o século XI, e que
foi pregada nos púlpitos até 1964. Num discurso em Munique em 1923, Hitler
disse: A primeira coisa a fazer é
resgatar a Alemanha dos judeus que estão arruinando nosso país. Queremos evitar
que a Alemanha sofra, como Aquele que sofreu na cruz.
John Toland no
livro Adolf Hitler: The definitivi biography escreve: Ainda era um membro em boa posição da Igreja de Roma. Apesar de
detestar sua hierarquia, ele carregou consigo o ensinamento de que os judeus
foram os assassinos de Cristo. O extermínio, portanto, deveria ser concretizado
sem dó e menor dor na consciência...
Na verdade o
ódio judeu era bem difundido na Europa, assim como a ciganos, homossexuais,
negros. Martinho Lutero também foi um fervoroso antissemita. Era uma parte da
cultura já enraizada e que Hitler soube usar como ninguém. É provável que ele
acreditasse mesmo que aquilo deveria ser feito.
Os registros
de conversas particulares e outros discursos de Hitler como estes já citados
são abundantes. Como demagogo, Hitler poderia ter muito bem usado isto só como
discurso seu para conquistar o povo alemão, vindo de uma mente como a dele
podemos desconfiar disto também. Também Hitler pode ter usado este discurso
para conquistar apoio da Igreja, o que funcionou muito bem. Benito Mussolini em
1929 assinou junto à Igreja, o Tratado
de Latrão, aonde a Santidade apoiava o fascismo. Quando Hitler em 1933 assumiu
o poder, o próprio papa Pio XI assinou a concordata em que reconhecia o nazismo
e onde a Igreja Católica sedia suas forças a Hitler em troca de poder doutrinar
toda a Alemanha. Seu aniversário foi celebrado até sua morte por todas as
igrejas alemãs. Pio XII sucessor de Pio XI dominava a maior rádio da Europa,
aonde o nazismo nunca teve nenhuma crítica, e é comumente conhecido com o Papa
de Hitler, por nada fazer diante das atrocidades. Os grandes pensadores ateus
da Europa foram desprezados pelo regime nazista, incluindo Darwin, Freud,
Einstein.
Vários outros
exemplos são dados como o juramento que os oficiais do partido e do exercido de
Hitler fazia como a saudação em que a mão direita é levantada iniciava-se
dizendo: Juro pelo Deus Todo Poderoso, a
minha lealdade ao Führer. A inscrição Gott
Mit Uns nas fivelas dos cintos nazista significavam Deus esta convosco.
Ateus podem
fazer maldades, mais nunca vimos serem feitas em nome do ateísmo. Hitler,
Stálin, Pol Pot, fizeram absurdos cruéis em nome de um marxismo dogmático com
delírios subwagnerianos.
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