Em protesto as
charges do profeta Maomé pelo jornal francês Charlie Hebdo, duas organizações
iranianas lançaram a segunda edição do concurso que dará prêmios para
caricaturas do Holocausto. Na edição de 2006 um brasileiro foi o segundo
colocado. Carlos Latuff é famoso por sua militância em favor dos palestinos. A
iniciativa para o concurso teve aprovação do presidente iraniano Muhmoud
Ahmadinejad, e foi condenada por organizações judaicas.
Estamos diante
de algo que pode ser chamado direito de livre expressão. As sátiras parecem
claramente ter pelo menos dois objetivos: chamar a atenção mundial como um
direito de livre expressão, ao mesmo tempo que debocha de um crime que foi
cometido não só contra o judaísmo mais contra a humanidade. É claramente um revide
de um baixo nível claro.
Minhas críticas
se dão claramente tanto a outras religiões como para o judaísmo. Temos em torno
de 15 milhões de judeus no mundo para mais de 1 bilhão de muçulmanos. Enquanto
falamos das atrocidades cometidas em nome de um livro ou uma doutrina sagrada,
o judaísmo está em um número bem pequeno para com atrocidades. Eles próprios
reconhecem que os seus livros sagrados, os primeiros 5 livros da Bíblia,
chamados de Pentateuco, são mais
sangrentos que o Alcorão, e não os levam tão a sério em vários aspectos. O
judaísmo sofreu e sofre no mundo um dos mais altos níveis de racismo. São
tachados de ricos injustamente, estranhos com hábitos estranhos, culpados pela
morte de Jesus Cristo. Os mesmos argumentos que levaram desde a Idade média a
espalhar junto a Igreja Católica o ódio antissemita, que aliado a fatores
econômicos resultou entre outros crimes, no holocausto. O argumento mais forte
era que os judeus teriam matado Jesus Cristo, por isso mereciam tamanho ódio(
Como se os romanos não ). Mesmo os judeus de hoje sofrem a mesma perseguição,
como se estivessem pregando os próprios pregos da crucificação neste momento. Só
na Igreja Católica o ódio antissemita foi prática aceita e proclamada nos
púlpitos até 1964.
Do lado do
islã, a carta régia do Hamas é completamente genocida, aonde diz que os judeus
clamaram por terem seu sangue derramado. E a punição para os que são
encontrados é a morte. A alegação de que o holocausto não existiu, é só uma
delas, a alegação de que se possível farão um novo holocausto é mais forte.
Esta alegação é mais nojenta do que negar o holocausto, dizendo que se tiverem
a oportunidade ele ocorrerá de ‘verdade’. Ao mesmo tempo nós sabemos que este
holocausto não é somente contra os judeus, mais contra cada um que não aceitar
o Islã. Hoje isto está cada vez mais claro e não preciso mais escrever aqui o
que escrevi em outros textos como O alastramento mundial do Islamismo e O mito
da minoria radical islâmica.
O mais
interessante ao ver acontecimentos como este é ver os resultados dele. Será que
teremos atentados contra o islã por isto? Será que judeus irão decapitar os que
fizeram isto? Óbvio que não, e é nisto que quero chegar. Que já esta tarde para
dizermos coisas como: Isto é a cultura islâmica, é questão de ponto de vista,
ou então o mais falso dos argumentos que até hoje não recebi uma crítica
válida: Eles estão se vingando de nós, eles estavam quietos, a culpa claro é de
nações como os Estados Unidos. E Enquanto na verdade, nós sabemos bem quem é
que esta com o propósito da matança e genocídio. Sobre a questão de ser apenas
ponto de vistas culturais, será que alguma cultura não sabe que matar pessoas é
no mínimo, desumano? David Hume ironizava isto quando disse: É como se quando
Moíses desceu do monte Tabor com as tábuas da lei e as pessoas viram que um dos
mandamentos era não matar e pensaram consigo: Olha matar é ruim, vamos parar.
Tenho todas as fichas para apostar que não aconteceu assim, pois cada ser
humano sabe perfeitamente disto sem ter que consultar nenhum livro ou religião,
pois a verdade é que temos isto em nossos corações. A livre expressão é um
direito nosso, as conseqüências são inevitáveis diante do terrorismo como o do
Islã. Façam uma caricatura de qualquer religião e verão pelo que passarão, talvez o máximo seja alguma retratação, embora rara. Agora
façam do Islã e você não tem chance. Os jornalistas da Charlie Hebdo sabiam
disto tanto que se negaram a parar. Já está na hora de vermos que as coisas
estão um pouco invertidas quando queremos justificar os atos de fanáticos,
genocidas e Calígulas que querem espalhar o culto a morte nos quatro cantos
mundiais.
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